quinta-feira, agosto 28, 2008

Eu tenho medo do "deus-amor"

Caros,


Paz e Fé em Cristo Jesus!


Algo me incomoda sobremaneira. O pensamento corrente em um "deus-amor" que se contrapõe ao Deus revelado nas páginas da Bíblia e por toda a amplitude da Revelação Divina. Ora, Deus, criador do céu e da terra não é também um Deus-Amor? Sim, Deus é Amor, para sabermos sobre isto, basta lermos a I Carta do Apóstolo João, onde ele não somente explicita o Amor Divino como diz que quem não ama não é de Deus. Para tratarmos melhor esta questão, vamos então conhecer um pouco deste "deus-amor" recorrente em nosso tempo. Um dos maiores perigos, tanto pelo excesso quanto pelo desleixo é justamente querermos moldarmos um deus as nossas convêniencias, que seja compatível ao modo de pensar nas diversas épocas de nossa sociedade. O que acontece em nossa época? Acontece que há um esfriamento da Fé, um esquecimento muito grande do compromisso com a Fé e seus mínimos preceitos, um aniquilamento do modo geral de que Fé não é exatamente necessário para ser uma boa pessoa, o clima atual nos faz pensar que a Fé é apenas um ato bom e natural e que no fundo no fundo não leva ninguém a nada, a não ser confortá-las até o fim da vida. Já que há uma dormência do conhecimento de Deus, então alarga-se o campo das teorias religiosas de nossos tempos e que estas teorias, muitas delas bestiais, encontre um grandioso campo fértil para a sua propagação e que acaba sendo acolhidas por muitos e muitos, grandes e pequenos, ricos e pobres, etc. É muito fácil, muito bom e confortável acolhermos a imagem de um "deus-amor", que concede a liberdade não para que O amemos, mas para que possamos fazer tudo o que se pode fazer, principalmente, este "deus-amor" é contrário a repressão dos sentimentos desordenados, pelo contrário, é a imagem de um deus que antes incentiva tais desordens, já que este deus é a pura misericórdia, tudo e todos estão salvos, então comamos, bebamos e morramos depois. Para propagar este deus-amor, muitas vezes as pessoas, já confortavelmente envolvidas com este deus, gostam de contrastar o deus-amor de hoje com o Deus de nossos pais, ou seja, o Deus de nossos pais, o Deus que os nossos pais tiveram a virtude de nos ensinar desde o nosso berço, é um Deus de castigo, um Deus de rosto fechado, bravo, pronto a nos dar cachimbadas pelos nossos erros, então claro, o deus de nossa época é muito melhor que o Deus de nossos pais, pois não castiga, não cobra respostas inteligiveis ao dom da Fé, não nos ameaça com a perdição eterna do inferno...um deus praticamente hippie, que se possivel viria a terra para gandaiar conosco e conduzir a festa.

Deus não muda, mesmo que as nossas convêniências nos insitem a querer isso. Dizer que o Deus de nossos pais é diferente do deus de nossos tempos é dizer que deus somente existe pela nossa necessidade natural de crer e assim podemos então, ao invés de se abrir ao grande mistério divino, criamos o nosso deus, seja ele deus-amor, deus-paz, deus-justiça, dos pobres, do homossexualismo, fraternal, um deus escondido, irreconhecivel, e mais uma vez, etc.

Deus não muda e este Deus eterno e soberano, Todo-Poderoso, criador do Céu e da terra é sim um Deus de Amor, do Amor único, pois fora Dele não há amor verdadeiro, não há vida, não há nada que preste.
Reflitamos de forma demasiadamente simples sobre o amor. Amor é não querer que o mal aconteça a nós e a ninguém, para isso temos limites que muitas vezes so conseguimos suportá-los por Amor. Logo, este deus-amor não se encaixa, pois, em sua omissão permite que as pessoas se atolem até o pescoço com esta liberdade que conduz a ruina da pessoa humana, confundindo a individualidade da pessoa humana com o egoismo.

Por isso eu digo, que este deus-amor bonzinho ao ponto de nos fazer afundar na nossa própria miséria e de nos deleitarmos dela, deve ser tido como nada. Abra-se sim a Deus da Redenção, ao Deus que falou ao Povo de Israel, ao Deus que nos deixou por herança a sua própria obra que é a Santa Igreja, na qual se congrega todo o seu povo e que o conduz a presença deste Deus que é Amor, mas que também corrige aqueles que ama e castiga aqueles que tem por seus filhos.
Claro, ao disserem sobre Deus Amor verifique se ele é o Deus que a Igreja ensina(pois ela foi fundada por Ele e enviada a anunciá-la sem enganos até o fim dos tempos), se é o Deus da Bíblia, o Deus da Divina Revelação Cristã, completa e imperecível. Deus é Pai, é Amor é Vida. O Deus Verdadeiro.
Paz e Fé!
J.B.
Pro Catholica Societate
P.S:
1.Se quiser aprender um pouco mais sobre o amor, leia mesmo é a Enciclica Deus Caritas Est do nosso amado Papa Bento XVI, que seguindo as ordens de Cristo e fiel ao Santo Evangelho, nos ensina muito sobre o que é o verdadeiro Amor e aponta os erros da compreensão moderna do que é o amor.
2.Leia a Bíblia, ouça a Igreja!