sexta-feira, dezembro 04, 2009

A história do Guaraná Pequetito

Nem é preciso dizer. Algumas pessoas trazem estampado na própria fisionomia, o gosto que têm pelo trabalho desenvolvido e, quando falam dele, seus olhos passam a ter um brilho diferente. Foi o que ocorreu, quando quisemos saber sobre uma das mais tradicionais indústrias de Monte Santo, e nos disseram: "Ninguém conhece melhor a história do Guaraná Pequetito, que o Senhor José", referindo-se a José de Souza.

De fato, ele a conhece bem, afinal há 52 anos desde o início das atividades, se a direção da empresa mudou de mãos algumas vezes, ele permaneceu em suas funções, cuidando com muito zelo para manter o paladar de um dos mais tradicionais refrigerantes mineiros.

A indústria foi fundada em 1951 por Adalberto Tortorelli e, além de engarrafar aguardentes, vindos de Santa Cruz das Palmeiras, Estado de São Paulo, começou a produzir refrigerante, na época, chamado Guaraná Montessantense.

As cachaças "Nova Guapé", "Gatinha", entre outras engarrafadas, a princípio representavam o forte do faturamento, mas com o passar do tempo houve uma inversão.

Adquirida por Tito Paulino, a indústria foi vendida posteriormente para Wenceslau Pereira dos Reis, o Pequetito, que resolveu utilizar a forma carinhosa como era chamado, para o denominar o guaraná. Acertou em cheio. As coisas se casaram tão perfeitamente que quando se pensou em mudar o refrigerante de nome, houve restrições por parte de consumidores. Tanto é que mesmo diversificando a linha de produção, incluindo outros sabores e as novas versões de embalagens, foi mantida a tradicional garrafinha caçula do Guaraná Pequetito que é distribuído pelo interior mineiro.

Com equipamento moderno e utilizando-se de tecnologia de ponta, os atuais proprietários Pedro Faria da Fonseca e Willi Duerre Filho, acompanham as inovações do setor, mas fiéis à tradição da marca Pequetito. E quando assim procedem, tomam por base razões muito fortes. Afinal, nesse meio século de existência, existe também um liame muito grande, do Guaraná Pequetito com a história de Monte Santo que está aniversariando.

Algo que às vezes, a explicação novamente está nos olhos, falando mais que as palavras. O funcionário José de Souza, por exemplo, estava visivelmente emocionado quando concluiu: "Minha alegria é manter a fábrica sempre funcionando".