sexta-feira, agosto 21, 2009

Distancias...

Distancias. Reticências.

Vaga-me a minha memória, por entre as suas orelhas, que hoje são minhas, as minhas. Não consigo tirar o estar com quem sem querer, zela por mim, e por aqueles que sem eu querer, zelo por eles, mesmo que distante, zelo por eles. Penso e penso e não os vejo próximos de mim, mas no fundo percebo que não estão próximos assim, pois já estão em mim, são eu, parte de mim inteiro que decide pensar e pensar em quem me tornei, nós.

Para onde vou já não os levo comigo, mas são vocês eu e assim penso conduzir sendo que conduzido sou pela saudade do olhar, do dizer, do sim e não, do paraíso que é nós. Eu não penso em pensar, penso por sentir, por ser essencial ao que eu pensava ser, não era e me tornei. Nós.

Hoje já não sou eu, sou nós, pai, mãe, esposo, esposa, filho, filha. Nós. Um de cada não, um de todos formam quem sou, formam quem eu nasci pra ser, nós.

Move-me os dentes e olhos sinceros, risos e lágrimas que passam por debaixo de uma ponte de um belo riozinho de qualquer lugar, que se chama vida.

Minha vida somos nós.

Eu te amo, te amo e te amo. Um te amo para cada um de todos nós.

Assinado, eu.