Acho que precisamos compreender esta passagem bíblica de forma um pouco diferente... de uma forma mais passiva mesmo, não passional ou que não nos toque, mas que o ato de Cristo supera tudo o que pensamos, todos os nossos conceitos de bom e mal, certo e errado...
Pergunte-se. E se Jesus estivesse sido livre e Barrabás um dos mortos na cruz? O que teria acontecido? Qual a vantagem disso? Absolutamente nenhuma, seria mais um morto pelos seus crimes.
A nossa salvação dependeu daquele ocaso e ocasião, Jesus havia de sofrer e não querer isso por causa daquele piedosismo piegas teria criado a possibilidade de não termos sido salvos pelo Sacrifício perfeito de Jesus, o Cristo, na Cruz.
Aí pensamos, que a cruz é sempre cruz... Jesus foi convidado a provar que era o Filho de Deus... "desça daí se for o Filho de Deus"... Jesus poderia ter querido provar que era capaz de salvar ao mundo, salvando a si mesmo naquele momento...
Não olhar com sentimentalismo para Aquela vítima nos ajuda a compreendermos um pouco mais da infinita dimensão que toma cada gesto e cada ato de Jesus em sua paixão.
Ficar com "dó" de Jesus quando escolhemos entre Ele e Barrabás não é muito cristão. Jesus não abdicaria de seu amor por nós, Jesus era grande também diante da Cruz... Ele não a temia.
Ficar com "dó" é atuar como Pedro e correr o risco de num coitadismo passional digamos na verdade palavras tentadoras contra a Missão de Jesus...
Desde então, Jesus começou a manifestar a seus discípulos que precisava ir a Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos príncipes dos sacerdotes e dos escribas; seria morto e ressuscitaria ao terceiro dia.
Pedro então começou a interpelá-lo e protestar nestes termos: Que Deus não permita isto, Senhor! Isto não te acontecerá!
Mas Jesus, voltando-se para ele, disse-lhe: Afasta-te, Satanás! Tu és para mim um escândalo; teus pensamentos não são de Deus, mas dos homens!
Aqui estamos, nós e Jesus e Barrabás. Escolhemos quem para ser curcificado? Jesus ou Barrabás?
Como Cristãos, devemos ver um Deus que nos ama ao extremo e sem limites, que vai além e que seus gestos, por mais que nos pareçam limitados pelo nosso espaço e tempo vai muito além... Jesus é grande, é Senhor, Vive e Impera para sempre...
A parte: Hoje eu ouvi algo muito interessante, que a história do Cristianismo é mais do que a procura do homem por Deus, mas é a procura de Deus pelo homem... faz todo o sentido. Neste sentido, lembro-me também das palavras do Bispo Emérito de nossa Diocese, Dom José Geraldo... Deus ama a todos igualmente, assim como Ele amou grandemente Maria, Ele ama grandemente a todos e qualquer um, não o ama menos por ter sido bom ou por ter errado... a questão é quanto O amamos, o quanto nós nos abrimos para esta novidade do Amor Divino (tão antiga e quase sempre tão nova)...